Deixei de deixar de ser louca

Fait divers de toda a ordem.

domingo, 7 de março de 2010

“Yes you who must leave everything that you cannot control. It begins with your family, but soon it comes around to your soul

Yes you who must leave everything that you cannot control. It begins with your family, but soon it comes around to your soul” Leonard Cohen, “Sisters of Mercy” [out off Brand, Russell - My Booky Wook]

Thank you Russell Brand for pointing that out to me!

[Brand, Russell - My Booky Wook]

http://www.youtube.com/watch?v=oBFQg7P5YKw

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Diferentes perspectivas

O omnisciente:
Sempre pontual Pedro chegou e sentou-se ao balcão. Ultimamente tem andado irascível e sem paciência para nada. Impacientou-se consigo próprio por não ter conseguir decidir-se sobre o que beber e pediu o primeiro que viu na prateleira do bar à sua frente:
- “Um whisky, por favor.”
- “Novo ou velho?”
Mau! – Pensou, visivelmente azedo. - “Velho!”, disparou ao barista.
- “Com ou sem gelo?”
Porra! O gajo é chato! – Gritou mentalmente.
O barista sentiu a palpável má disposição do cliente à sua frente e apressou-se a servi-lo sem mais uma palavra, deixando o balde do gelo à disposição, para que se pudesse servir caso pretendesse.

Revolvia o dourado líquido dentro do copo, à espera de vontade de o beber, quando chegou o afogueado Tiago e o cumprimentou com uma pancada nas costas.
-“Pedro! Boa noite, pá!”. – disse, sem sequer considerar que estava atrasado ao copo a que ele próprio convidara o amigo.
-“Então pá! És sempre o mesmo! Até que enfim! Já estava a criar raízes!” – Pedro já estava habituado aos atrasos infindáveis do amigo. O que não significa que tenha aprendido a gostar desta postura do amigo. Admira-lhe muitas das suas qualidades, mas esta não é uma daquelas situações que primeiro se estranha e depois se entranha.

Com o bar quase vazio não havia dificuldade em sentarem-se os dois ao balcão e ficarem sossegados a conversar, sem mais ninguém reparar que ali estavam. Contudo, onde se encontra o activo amigo de Pedro, pela sua imagem, pela sua atitude e pela sua vida que é a de alguém sem tempo para nada e de quem faz mil e outras coisas, as salas inundam-se de uma atmosfera electrizantemente positiva e de repente para os poucos clientes a sala pareceu-lhes quente e alegre.

-“Que é que estás a beber?” – quis saber Tiago.
“Humm,” – Pedro não respondeu de imediato, hesitou ainda disperso entre a vontade de lhe gritar e o respeito que lhe tem - “whisky.”
Tiago sorriu e dirigindo-se ao barista, pediu o mesmo: -“Ok, um whisky para mim também. Do velhinho, daquele que tem aí guardado para os clientes especiais, com duas pedras de gelo.”
A cabeça de Tiago é uma profusão de ideias. Viajando, à velocidade da luz, do pedido da bebida, passa para as tarefas que estavam para fazer ainda naquela noite na associação, chegando à recordação de que estava em falta com a namorada. – “Sabes que horas são?” – perguntou, estava preocupado com o desgosto que há pouco tempo lhe provocara.
-“Quase oito!” – respondeu Pedro – “Estava a pensar nisso quando chegaste… vou chegar atrasado a casa por tua causa e a mulherzinha vai fazer uma cena daquelas! Não que já não seja hábito.” – Esta sim é a razão da sua impacientação nos últimos tempos.
Tiago, ligeiro, apresentou a sua receita para o sucesso: – “Eh pá… à minha namorada deixo-a barafustar tudo o que quiser, vou dizendo uns sims e uns nãos pelo meio de acordo com o que ela vai pregando, e no final digo-lhe que tem toda a razão. Fica que nem um bebé assim que se lhe dá a chupeta.” – diz com toda certeza, mas assim que a recita, recorda-se que esta deixou de ser a solução infalível no relacionamento.

O Pedro:
Este gajo é sempre o mesmo! Não liga nenhuma às horas e chega e senta-se como se nada fosse. Reconheço que o gajo se mata a trabalhar na empresa e fora dela, sempre de um lado para o outro, sem nunca deixar cair a bola. E até é bom amigo, mas o que é demais cheira mal.
-“Pedro! Boa noite, pá!”.
-“Então pá! És sempre o mesmo! – resmunguei-lhe - “Até que enfim! Já estava a criar raízes!” – tentei aligeirar a minha irritação. Não me consigo chatear com ele… não quando chega com esta energia.
-“Que é que estás a beber?” – perguntou, como se não me tivesse ouvido.
-“Humm,” – hesitei, este gajo deixa-me sempre desconcertado – “whisky.”
-“Ok, um whisky para mim também. Do velhinho, daquele que tem aí guardado para os clientes especiais, com duas pedras de gelo.” – pediu ao barista. Tanta minúcia… só não se dá ao trabalho é de chegar a horas.
-“Sabes que horas são?” – perguntou. Olhei-lhe nos olhos e um brilho denunciou-o… lembrou-se da namorada. É cá um pinga amores!
-“Quase oito! Estava a pensar nisso quando chegaste… vou chegar atrasado a casa por tua causa e a mulherzinha vai fazer uma cena daquelas! Não que já não seja hábito.”
-“Eh pá… à minha namorada deixo-a barafustar tudo o que quiser, vou dizendo uns sims e uns nãos pelo meio de acordo com o que ela vai pregando, e no final digo-lhe que tem toda a razão. Fica que nem um bebé assim que se lhe dá a chupeta.” – Disse como se de um truque para adormecer recém nascidos se tratasse. Deixa-a a chuchar? Como é que ela lhe atura tanta coisa?
Bem, pensando bem… antes de eu casar era sempre velejar à bolina.
Mas afinal para que é que o gajo me chamou aqui a esta hora?

O Tiago:
Finalmente um sítio para estacionar. Devia ter combinado noutro sítio. Pensei que a esta hora já fosse mais fácil. Não vejo a hora de estar bom tempo para poder trazer a minha CBR!
Ah ele já cá está!
-“Pedro! Boa noite, pá!”.
Onde foram todos? Isto costumava estar sempre cheio. E as luzes? O que é que se passa? Contenção de despesas? Bem, não importa.
-“Que é que estás a beber?”
-“Humm, whisky.”
-“Ok, um whisky para mim também. Do velhinho, daquele que tem aí guardado para os clientes especiais, com duas pedras de gelo.” - As coisas boas da vida devem ser bem apreciadas. Depois disto ainda tenho de passar na associação para confirmar quem aparece para ajudar na organização da prova de atletismo no Domingo, confirmar as inscrições dos concorrente, os patrocínios, ver se está tudo a postos… ah e ligar à Paula.
Por falar em Paula… -“Sabes que horas são?”
-“Quase oito! Estava a pensar nisso quando chegaste… vou chegar atrasado a casa por tua causa e a mulherzinha vai fazer uma cena daquelas! Não que já não seja hábito.”
Por isso é que isto está às moscas e com tudo apagado. Está tudo a ir ou já em casa.
-“Eh pá… à minha namorada deixo-a barafustar tudo o que quiser, vou dizendo uns sims e uns nãos pelo meio de acordo com o que ela vai pregando, e no final digo-lhe que tem toda a razão. Fica que nem um bebé assim que se lhe dá a chupeta.”
Mas tenho que lhe ligar ainda hoje. E tenho de arranjar um fim-de-semana só para ela, para emendar a bronca de a ter deixado à espera em casa quando ela fez anos para irmos ver o gloriooooooso à catedral. Senão acaba-se a paciência e ainda a perco para o baboso quatro-olhos lá do escritório dela. Pá… era a final da Taça UEFA.
Mas quando?
A velha jarreta:
Aqueles ali ao balcão parecem ser bons amigos. Da forma como o primeiro reagiu como se já estivesse habituado àquela pancada nas costas quando o outro chegou, só podem ser bons amigos. Devem ter andado juntos na escola. Irmãos não podem ser… são tão diferentes fisicamente… será que…
-“Oh chefe, desbloqueia-me a máquina para tirar cigarros?”
Credo! Já não basta o hábito horrível de fumar, ainda tem de vir gritar-me aos ouvidos! Há muita gente sem nível.
Não tem nada que ver com aqueles dois, não senhora. Boas roupas, boa postura.
À primeira vista, mas vendo melhor o primeiro até que curva um pouco as costas e está sempre a bater o pé, deve estar nervoso com alguma coisa. Vê-se que está agastado, deve ser do trabalho, estes empregos de hoje em dia - uma pessoa além de ter de fazer o trabalho de cinco ou seis, ainda o tem de fazer com aquelas máquinas infernais – matam os jovens aos poucos. Qualquer dia enfiam-lhes logo os computadores na cabeça à nascença.
E o segundo parece ter passado por um furacão, o fato está todo amarrotado, aquele nó da gravata já teve melhores dias – deve estar feito desde que a comprou e a vendedora lho fez, vê-se que lhe falta uma mão feminina em casa -, entra por aí à bruta, cumprimenta o amigo com aquele pancadão nas costas, espalha a pasta e o sobretudo pelo balcão.
Realmente há mesmo muita gente sem nível.
[O meu exercício 2, Diferentes perspectivas - Ponto de Vista do Curso de Escrita Criativa:
SENA-LINO, Pedro - Curso de Escrita Criativa I, Criative-se: usar em caso de escrita - Porto Editora, 2008]

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

“Uma vida de vidro”

Desde que extraíram a suave areia daquela linda praia nas Caraíbas que o meu fado estava escrito: ser um dos copos de vidro mais bonitos do mundo, capaz de fazer corar de vergonha o mais puro cristal da Bohémia.

Enfrentei os fornos do inferno como um homem, passei da fase do punhado de minúsculos grãos de alva areia ao estado líquido viscoso de vidro escaldante com distinção, fui tocado, mexido e revolvido por mãos fortes e experientes. Humm, imagino o que estão a pensar: vidro artesanal é coisa retrógrada sem lugar num mundo virado ao máximo e mais imediato lucro, em preterição do valor artístico que só mãos humanas podem acrescentar ao fazerem todas as suas peças únicas.

Sim, fui uma peça única, em tudo semelhante aos meus irmãos que comigo faziam o serviço de copos, mas só pelo facto de ter sido esculpido à mão recebemos todos uma alma única e intransmissível.

Após anos numa das mais distintas famílias, a servir as necessidades e desejos dos seus finos criados, eis que chega o meu grande dia: servir um dos membros da família. Mas como nem tudo o que é bom dura p’ra sempre, era a maçã podre, o desvairado, o cabeça de vento, o idiota, certamente produto de anos de consanguinidade entre famílias ricas, que veio beber leite ainda morno vindo da teta da vaca.

Depois de se servir da forma que bem entendeu, atirou-me contra a pia de mármore da opulenta cozinha e falhou-me. Partir-me de vez seria um fim ideal, sem sofrimento, quase como aqueles que morrem pacificamente no sono. Pelo contrário, ao embater contra a pedra fria, criou um falha no meu corpo, ficando para sempre defeituoso. Assim fui relegado para as traseiras do armário e para sempre vi todos os meus irmãos a serem usados, lavados e arrumados, enquanto eu ali, quando não era ignorado, era olhado com desdém e pena: demasiado feio para voltar a ser usado, pouco estragado para ser mandado para o lixo.

[O meu exercício 1, “Uma vida de vidro”- Ponto de Vista do Curso de Escrita Criativa:
SENA-LINO, Pedro - Curso de Escrita Criativa I, Criative-se: usar em caso de escrita - Porto Editora, 2008]

terça-feira, 28 de julho de 2009

Quem manda julgar as pessoas pela aparência?!

Nasceu quando já ninguém esperava que fosse possível.

Mimado por todos, tinha por pais dois cidadãos já com uma certa idade e por irmãos, duas pessoas cheias de carácter e trabalhadoras que já tinham idade para ser os seus pais.

Não foi uma infância materialista, embora não lhe faltasse nada, contudo cheia de facilitismo.

Mesmo sendo fruto de uma professora, nem esta consegue que o filho vá além do 7º ano.

Começa por se iniciar na empresa do pai, logo saindo fora de estrada, sem veículo apropriado, levando ao encerramento da mesma após a reforma do progenitor.
Segue conseguindo o que podemos considerar bons empregos, muito devido à influência e consideração que toda família tem na comunidade local.

Entretanto ao mesmo ritmo que troca de emprego, engravida uma e outra a torto e a direito, chegando aos 30 anos no seu quarto relacionamento, com 5 filhos das primeiras 3 mulheres.
Com todas viveu e com nenhuma conseguiu construir uma vida em comum, tendo todas as tentativas de criar um lar para os filhos, que aliás tanto diz adorar, falhado redondamente.

Até aqui tudo bem, não fosse provocar asco só o facto da sua presença. Aquele asco, que sempre lhe fazia referir-se a ele como monte de merda.

Não porque seja feio, escanzelado, bexigoso, amarelento, dentes horríveis, bêbedo, estouvado, que também o é. Mas por ser estúpido que nem uma porta (e a porta está a ser muito mal tratada pela esta comparação!).

Mas precisando melhor: utiliza-se o adjectivo estúpido no seu sentido de PESSOA QUE NÃO TEM INTELIGÊNCIA SUFICIENTE, PESSOA COM COMPREENSÃO REDUZIDA A POUCO MAIS DE ZERO. Mais que zero pois imagina que seja ainda capaz de fazer as suas ablações sozinho.

Tinha já esta ideia concebida de anos de convivência, pois ambos cresceram na mesma rua, cruzando-se e cumprimentando-se como pessoas educadas o devem fazer, sem nunca sequer ter trocado mais que 4 palavras.

E vendo-o num evento cultural com uma senhora muito elegante, muito bem vestida, muito bem comportada, como se de uma doutora se tratasse, intrigava-se como teria sido capaz um monte de merda daqueles ter conseguido uma mulher daquelas?

Lá estava o preconceito a funcionar. Obrigou-se a limpar as suas ideias maldosas. Afinal, talvez os erros do passado o tivessem mudado, ou talvez todo aquele percurso caótico não fosse inteiramente culpa de um só, pois não se engravida sozinho. – Pensava, enquanto se recriminava a si própria por se deixar levar pela sua própria frustração.

Passado algum tempo, e a pretexto de participar numa iniciativa para melhorar a vivencia da comunidade, reuniram-se a pedido do herói da história. Estiveram 20 minutos a conversar, na esplanada de um café cheia de gente.

Durante o diálogo continuou o pasmo interior e a recriminação própria contra as ideias pré-concebidas que alimentou uma vida inteira: afinal ele sempre teria meio palminho de testa e parecia mover-se pelo bem comum.
Claro que precisaria de ajuda de alguém com um raciocínio mais rápido e abrangente, mas não era tão mau como parecia.

Dali foi para casa, dizer à sua unida de facto, que teria estado com a sua advogada – chegando a mostrar-lhe o cartão profissional que recebera a pretexto do projecto social - para saber dos seus direitos perante uma ruptura do casal e do negócio já em implementação (com aquisição de trespasse e outros móveis, com uma carteira de clientes já criada e elevadas somas gastas em marketing e publicidade). Do qual se arroga como proprietário a 50%, pois o seu esforço teria de ser compensado.

Esforço que não teria sido nem a pagar o trespasse, o marketing e a publicidade, pois este teria sido adquirido com fundos de um crédito a que a cônjuge se obrigou, nem a trabalhar pois tanto a carteira de clientes que a cônjuge já detinha e os serviços de beleza prestados são integralmente feitos pela mesma.

Esforço?
Esforço de ser sustentado – ele e os seus vícios (roupinha de marca, carros de alta cilindrada, tabaco e álcool) há mais de 1 ano pela sua unida de facto, pois teria sido injustamente despedido e não encontrara mais emprego.
Não encontrara emprego?
Pois o seu pai já idoso não tem mais a influência que outros tempos possuíra e os seus irmãos mais velhos já deixaram de se envergonhar pela ovelha ranhosa. Assim, encontrar emprego sem qualificações e sem cunhas é difícil.

De facto não era tão mau como parecia! ERA PIOR!

E então a questão colocava-se de novo!
Como é que um monte de merda consegue uma mulher assim?

Num estado de desvario completo consegue deixar 13 chamadas não atendidas e duas mensagens sem nexo no telemóvel da destinatária, conseguindo acertar na hora de descanso da azáfama diária que aquela dedica ao corpo são, durante a qual fecha à chave do lado de fora trabalho, família, amigos, animais, mundo.

Quando finalmente chega ao telemóvel e se depara com aquele disparate de chamadas não atendidas e incompreensíveis mensagens, alarmada com a primeira ideia que nos cabe a todos: a possibilidade de ter havido algum problema grave com a família mais próxima e não ter estado a tempo de ajudar, atende a 14ª chamada de uma mulher num estado histérico, desequilibrado e estridente:
“Que raio de advogada é a sô dótora que recebe os seus clientes às onze da noite?”
A esta insinuação seguiram-se outras de um nível baixo e de muito mau gosto, ao qual não está de todo habituada, e muito menos o pretende. Que culminou com a chamada terminada enquanto a primeira seguia com os seus impropérios proferidos de forma guinchante (este verbo existirá?).

Mas isto não a deteve. Através de sms continua o seu discurso energúmeno, com várias ideias ora redundantes ora contraditórias, mas sempre de baixíssimo nível.
Não era preciso mais do que a frase inicial, a simples insinuação de que alguma vez poderia ter tido qualquer coisa que fosse com aquele monte de merda, a quem em mais de 30 anos dera apenas 20 minutos da sua atenção, provocara-lhe a pior má disposição biliar e o maior arrependimento por ter desperdiçado tempo em ser amável que alguma vez sentira!
Afinal… o embrulho elegante e bem comportado era ilusão!
Quem manda julgar as pessoas pela aparência?!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

E quando se concretizam os desejos?

"Quem me dera ver-te daqui p'ra fora. Só estorvas! Já não te posso ver. Não fazes nada. Mexe-te!"
Ouvia isto pela casa.
Por vezes sem ouvir. Por vezes sem reacção. E por vezes sem resposta.
Outras vezes explodiam os dois numa discussão atroz em que as partes, já à partida ambas sem razão - um porque se abandonara à inercia cómoda dos derrotados e outro porque sucumbira à frustração de ter um filho adulto em casa sem perspectivas -, se magoavam mutuamente e terminava numa semana sem se falarem.
Situação esta que se repetia, não de forma regular, mas mais ou menos ciclica ao sabor dos problemas económicos, da saude e da disponibilidade mental dos dois.
Até que um dia se passou a ouvir:
"Ninguém me liga! Estou p'raqui sozinho, sem ninguém com quem falar. Sou um triste. Há tanta coisa para fazer e eu não tenho tempo para tudo!"
Afinal? Será que quem saiu dali p'ra fora, realmente não fazia nada? Será que quem já não se vê, na verdade não se mexia?

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